Desgualdade entre os homens

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A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS, SEGUNDO JEAN-JACQUES ROUSSEAU

“Insensatos, que vos queixais sem cessar da natureza, sabei que todos os vossos males provêm de vós” (Jean-Jacques Rousseau, 1712-1778)

Em pleno século que cultua a razão, e critica ferozmente a igreja e a monarquia, surge Rousseau, que não pode ser chamado de iluminista, mesmo estando no centro do movimento iluminista. Este também critica todos estes sistemas, mas vai além, pois culpa o progresso do homem como razão de todo mal existente na sociedade.

Os três fundamentos básicos apontados por Rousseau para demonstrar a origem da desigualdade entre os homens foram: a propriedade privada como tema central de toda sua tese, depois o aparecimento dos magistrados e por último o despotismo esclarecido. A propriedade privada não é um mal em si, só pode ser má quando é usada inadequadamente pelo homem, a magistratura é exclusiva do homem e o despotismo é o mau uso das atividades exercidas pelo homem magistrado.

Para seguirmos o progresso da desigualdade nessas diferentes revoluções, veremos que o estabelecimento da lei e do direito de propriedade foi seu primeiro termo, a instituição da magistratura o segundo e que o terceiro e último foi à mudança do poder legítimo em poder arbitrário, de modo que a condição de rico e de pobre foi autorizada pela primeira época, a de poderoso e de fraco pela segunda e pela terceira a de senhor e de escravo, que é o último grau de desigualdade e o termo ao qual chegam finalmente todos os outros1.

Então qual é o grande pano de fundo que sustenta todo pensamento de Rousseau? É o grande mal que o próprio homem faz a seus semelhantes, usando sua racionalidade para isso. Na realidade seu discurso nada mais é que uma tremenda critica ao homem moderno, que com a desculpa do desenvolvimento, escraviza, humilha, maltrata seus semelhantes. Este concebia a existência humana em três momentos: o éden, a queda e a salvação, concebe o tempo original como o estado de

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