Descriminalização das Drogas

Iniciada na década de 1970, a “guerra contra as drogas” surge com o objetivo de combater o crescimento do tráfico. Embora se aponte a utilização das drogas desde os tempos imemoriais, ela somente passou a ser problema quando o consumo começou a ser popularizado no final do século XIX e após a revolução cultural nos anos 60. Todavia é ao longo dos anos 70/80 que o tráfico cresce e cria um mercado que movimenta milhões de dólares e envolve outras atividades ilegais, como o comércio de armas. Resultante disso surge na sociedade duas vertentes sobre o tema, gerando uma discussão que visa uma melhor forma de combate às drogas. A descriminalização das drogas consiste em deixar de considerar crime o porte das mesmas para uso pessoal; defendida por uma parte da sociedade, almeja a redução da violência e do tráfico proveniente das drogas. Os defensores dessa vertente alegam que a descriminalização reduzirá o número de detentos nas penitenciárias, visto que grande parte desses detentos são réus primários e não tem porte de arma, além de reduzir a taxa de violência causada pelo tráfico. Cientistas afirmam que a dependência química deve ser vista como uma doença, portanto os usuários precisam ser tratados como doentes e não como criminosos. Em contrapartida, existe uma oposição bem forte em relação a essas ideias que não aceita a descriminalização por diversos fatores. Para eles a descriminalização não reduziria o tráfico significativamente, pois mesmo que não seja mais considerado crime a fabricação de drogas para uso pessoal, narcóticos mais poderosos, como o crack e a cocaína, não podem ser produzidos facilmente em casa, fazendo com que os usuários continuem dependentes dos traficantes, o que poderia resultar no aumento das taxas de homicídios provenientes do narcotráfico. Ainda há a possibilidade de pessoas que não utilizam dessas drogas sejam influenciadas pela liberação das mesmas. Com isso, a sociedade encontra-se dividida em duas opiniões distintas que precisam