Debates sobre a Est tica entre os s culos XVII e XIX

UNIVERSIDADE ESTATUAL DE MARINGÁ.

VERÔNICA KEI WISNIEWSKI KITAGAWA .

DEBATES SOBRE A ESTÉTICA ENTRE OS SÉCULOS XVII E XIX: DE PLATÃO A HEGEL.

MARINGÁ - PR
2105.
Muitos filósofos tem taram conceituar a Beleza, discutir a respeito do belo, principalmente na Antiguidade Clássica grega cujo povo sempre se preocupou com a aparência, influenciando a Arte. Um dos primeiros filósofos gregos, Platão, tentou conceituar o belo. Via o universo como dividido em dois mundos: o nosso mundo, pautado pela ruína, feiura, e no qual recebe existência e significação do mundo das Ideias Puras, no qual a Verdade, a Beleza e o Bem são essências superiores.
Para Platão, um idealista, a alma seria eterna e sempre atraída pela Beleza, pois a origem da alma é esse mundo das essências, o mundo das Ideias Puras. Então a alma, unida a um corpo material do nosso mundo e já tendo comtemplado o mundo das Essências puras e a Beleza Absoluta, sente saudade desse seu mundo de origem, pois tem relembranças dele, o que Platão definiu como Reminiscência. A alma, então, está sempre a procura desse Belo de que tem lembrança, mas o que o homem tanto quanto a natureza criam, são reflexos da Beleza Absoluta, somente imitações dos modelos ideais, e para o filósofo, “a Beleza é o brilho da Verdade”.
Já Aristóteles, aprendiz de Platão, abandona o idealismo de seu mestre:
“A beleza de um objeto não depende de sua maior ou menor participação numa Beleza suprema, absoluta, subsistente por si mesma no mundo supra-sensível das Essências Puras. Decorre, apenas, de certa harmonia, ou ordenação, existente entre as partes desse objeto entre si e em relação ao todo.” (SUASSUNA, Ariano. Iniciação à Estética, p. 51)
Aristóteles, seguindo um fundamento realista, tira a Beleza da esfera ideal que Platão a colocou, tornando-a propriedade do objeto. E para que algo fosse considerado Belo, exigia uma certa grandeza ou imponência, proporção e harmonia das partes de um todo; a Beleza não depende de um mundo