Daniel Do Canto Saks Respostas Do Mercado Das Hist Rias Em Quadrinhos

7833 palavras 32 páginas
Respostas do Mercado das Histórias em Quadrinhos à
Situação Econômica Mundial
Daniel do Canto Oliveira Saks

Resumo: A cultura é um privilégio das classes mais abastadas? A resposta para esta pergunta obviamente é negativa, o consumo cultural está intimamente ligado à classe social, se não puder ser posto esses termos em qualidade, afinal nada pode definir a qualidade da cultura consumida por cada indivíduo, porém a quantidade e a “adequabilidade” cultural consumida depende das condições econômicas do indivíduo e da sociedade à qual este está inserido. O mercado da cultura de massa, ou especificamente neste artigo das histórias em quadrinhos, acompanhou os fenômenos historio - econômicos do século XX (as histórias em quadrinhos são originadas no final do século XIX) geralmente de uma forma indireta à saúde financeira da população, ou à economia mundial.

Introdução

As histórias em quadrinhos tiveram seu debute no final do século XIX, embora hoje em dia já tenham sido elevadas à classificação de “Nona Arte”, as histórias em quadrinhos seriadas, que surgiram na mesma época que o cinema, sempre sofreram preconceitos e foram excessivamente acusadas da atividade marginal dos jovens; foi apenas em 1929 que em um artigo do escritor Gilbert Seldes, uma tira cômica de jornal recebeu um elogio, no caso Krazy
Kat de George Herriman (MOYA).
Nas estórias ilustradas, ainda no século XIX três países foram pioneiros, a Alemanha, onde Wilhem Busch narrou as peripécias dos irmãos Max und Moritz (no Brasil, Juca e Chico); no Brasil imperial o ítalo-brasileiro Ângelo Agostini fez História ilustrando o cotidiano das cidades brasileiras e fundou a revista O Tico-Tico, Agostini cede seu nome para um dos mais importantes prêmios brasileiros para a mídia; e nos Estados Unidos a primeira história em quadrinhos continuada (e dominical), The Yellow Kid (O Menino Amarelo), precursora no uso de balões, surge em 1895 no jornal nova-iorquino World de Joseph Pulitzer e um ano após é editado no

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