Da escravidão ao trabalho livre: dinâmica das relações de trabalho entre escravos, livres e libertos em São Luís na passagem do século XIX ao XX

3751 palavras 16 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BACABAL
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS HUMANAS
PROFA. MA. VIVIANE BARBOSA
ALUNA: Larissa Lago

Da escravidão ao trabalho livre: dinâmica das relações de trabalho entre escravos, livres e libertos em São Luís na passagem do século XIX ao XX

Para se pensar o processo de transformação de trabalho no Brasil do século XIX, faz-se mister compreender as representações das elites maranhenses a respeito dos diversos sujeitos envolvidos nesse processo. Tal processo configurou-se como um dos principais problemas para a sociedade brasileira do período oitocentista, e no contexto maranhense este processo enfrentou maiores problemas devido à grande quantidade de escravos na população e por grande parte deles representar a mão-de-obra agrícola.
Nesse contexto, vale ressaltar que os demais segmentos sociais do sistema servil como por exemplo, os índios, o liberto, o livre pobre e o imigrante estrangeiro eram vistos pelas elites apenas como obstáculos do processo civilizatório e não como mão-de-obra. O interesse da província para com estes grupos era apenas de controlá-los com medidas civilizatórias como a catequese, a construção de estradas e povoados e a instauração da “educação moral” para que eles mudassem seus estilos de vida.
Paulatinamente a postura das elites foi mudando a respeito da transformação das relações de trabalho por volta do século XIX, primeiramente devido à proximidade da abolição da escravidão no Brasil, em segundo lugar, pelo estreitamento das relações com imigrantes estrangeiros e em terceiro lugar, pelo advento de novas ideias. A partir dessas mudanças ocorridas na sociedade, as elites passaram a se adequar ao vindouro trabalho livre. Mas não se pode pensar que essa foi uma vitória dos sujeitos escravizados. A mudança do regime servil para o trabalho livre envolve dois problemas de fundo:
O primeiro é a defesa do direito de propriedade dos senhores: de uma maneira ou de outra,

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