crítica ao filme frida

Nenhuma obra cinematográfica jamais poderá mesurar a loucura de um artista, sua excentricidade, sua natureza livre, sensível e intensa. Para todos aqueles que não conviveram com Frida, restou conhecê-la por meio de suas obras, que são o melhor reflexo de suas características. Mas é notável que esse filme alcançou com êxito seu objetivo, tivemos uma pequena dose de Frida Kahlo, de tudo que ela foi, de sua vida, seus tombos, suas conquistas, e sobretudo, as suas inspirações. Cinebiografia de cores fortes da artista mexicana Frida Kahlo. O filme narrou com deslumbre os episódios icônicos da vida de Frida Kahlo. Da infância à fase adulta. Seu primeiro contato com o artística plástico Diego Rivera. O acidente de bonde que a transformou por completo, dando um novo rumo à sua trajetória artística e influenciou de forma permanente os seus trabalhos na pintura. A fotografia exala latinidade e reflete o espírito da personagem principal. Algumas soluções poéticas são feitas de forma bem criativa, mesclando animações dos seus quadros e recortes que ganham vida e se agregam ás cenas reais. Salma Hayke e Alfred Molina estão tranquilos em seus papéis. O filme tem sensibilidade sem nenhum tipo de afetação melodramática excessiva.
A vida de um artista não é fácil de se colocar em um roteiro, limitar uma vida em alguns minutos e ficar longe das críticas pelos diversos pontos não abordados ou superficialmente colocados, mas como "alguém que gosta de ver filmes" e ainda por cima admiradora da arte de Frida, não tenho do que reclamar desse filme, foi espetacular. Ótimo roteiro, atuações impecáveis e uma fotografia com um colorido encantador, intenso como Frida.
E pra não ficar só nos elogios, minha critica aborda apenas a mistura dos idiomas, achei meio sem nexo, poderiam tomar apenas o espanhol como idioma, com a artista sendo mexicana, mas aí entra como argumento a licença poética da 7ª arte.