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Justiça diz que fraude no Cruzeiro do Sul foi uma das mais graves do país A Justiça mandou nesta quinta-feira um duro recado aos ex-dirigentes do Banco Cruzeiro do Sul, liquidado em setembro. Ao indeferir pedido de redução de fiança de um dos ex-diretores acusados de tentar movimentar bens sob bloqueio judicial, o juiz Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo, creditou sua decisão à gravidade dos crimes na instituição. Na visão dele, o escândalo do Cruzeiro do Sul representou uma das mais graves fraudes da história financeira brasileira.
A negativa de Catapani direcionou-se ao pedido de redução de fiança do ex-diretor Horácio Martinho Lima. No final de outubro, o executivo e outra ex-diretora do banco, Maria Luisa Garcia de Mendonça, receberam mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) que determinava o pagamento de fianças de, respectivamente, 1,8 milhão e 1 milhão de reais.
Eles foram indiciados na mesma data em que os ex-controladores do Cruzeiro do Sul, Luis Octávio Índio da Costa e seu pai, Luis Felippe Índio da Costa, foram detidos pela PF. Desde então, Luis Octávio está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros e Luis Felippe cumpre prisão domiciliar por ter idade avançada, 81 anos. Em decisão tomada na última semana, a Justiça negou o pedido de liberdade provisória dos réus. A defesa aguarda agora a decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em São Paulo, sobre o pedido de habeas corpus registrado nesta segunda-feira.
Duro recado – O pedido de redução de fiança de Martinho Lima foi indeferido pelo Ministério Público Federal (MPF) e depois negado pelo juiz Catapani sob a justificativa da gravidade do escândalo envolvendo o Cruzeiro do Sul: "A fraude perpetrada no âmbito da gestão do Banco Cruzeiro do Sul teve grande impacto no sistema financeiro nacional, aliás, uma das mais altas já vivenciadas na