Crise

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3. A CRISE DA ECONOMIA PORTUGUESA
Debruçar-nos-emos, de agora em diante, exclusivamente sobre a economia portuguesa – sobre a crise da economia portuguesa, no sentido e com os contornos atrás delineados.
Não nos encontramos perante uma crise passageira, uma mera interrupção do crescimento que, cedo ou tarde, acabará por retomar, sem mudanças de maior. A coisa parece mais séria: trata-se de uma verdadeira crise estrutural, de que não sairemos sem mudanças profundas. Pelo menos, assim nos habituámos a considerar, parecendo crescente o consenso em torno desta convicção.
Não é fácil caracterizar a situação de Portugal no contexto acabado de descrever. Os modelos e os quadros mentais de que nos socorremos parecem sempre demasiado abstractos, de aplicabilidade problemática perante o concreto da situação, a densidade dos seus aspectos. É provavelmente sempre assim, e se a questão se nos põe de forma mais premente a propósito de Portugal é talvez tão só porque se trata do nosso país, daquele que conhecemos melhor, e que, portanto, nos confronta mais intensamente com a generalidade e o carácter abstracto dos modelos utilizáveis. Não encontramos, no entanto, outra solução, que não seja recorrer aos modelos e quadros mentais que têm vindo a ser delineados.
Portugal encontra-se sujeito ao movimento de abertura acima referido – vive-o intensamente, no âmbito da integração europeia e no âmbito do processo de liberalização conduzido pela Organização Mundial do Comércio. Abertura económica, política, cultural e em muitos outros aspectos, embora seja sobre o primeiro que nos deteremos.
Importações e exportações crescem muito mais rapidamente do que o produto interno, dando uma ideia da rapidez com que se processa a abertura e do grau de intensificação da concorrência. Intensificam-se, em particular, as relações com a Espanha, que, de parceiro modesto do nosso comércio externo, evoluiu rapidamente para nosso maior fornecedor e um dos principais destinatários dos nossos

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