Crise do Ensino de história no Brasil
ENTRE PROFESSORES E HISTORIADORES
Trabalho submetido como requisito parcial para aprovação na disciplina
História do Ensino de História sob os cuidados do professor
Marcelo Magalhães.
Rio de Janeiro, RJ
2015.1
CRISE DO ENSINO DE HISTÓRIA NO BRASIL:
ENTRE PROFESSORES E HISTORIADORES.
O ensino escolar no Brasil passa, hoje, por grandes dificuldades. Dados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2014 divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) apontam queda de 9,7% nas notas de redação, com mais de 529.000 redações zeradas. Considerando-se o domínio da leitura e da escrita como fundamentais à aprendizagem de história, sobretudo no contato com fontes, percebe-se a gravidade do ensino hoje no Brasil. É constante a reclamação dentre os alunos de que o ensino de história é distante de suas realidades, dialogando sozinho em sala de aula, sem ecoar em suas vidas. Por outro lado, professores também criticam a passividade do aluno frente ao saber escolar, além do excesso de conteúdos e da complexidade de alguns temas.1
Afinal, o que ensinar em história? Por que ensinar história? O que, a primeira vista, trata-se de uma questão de conteúdos é, tal qual a ponta de um iceberg, apenas parte de um problema bastante profundo.
1) Considerações sobre o ensino de história
Inexiste um consenso entre os historiadores acerca o início do ensino de história. Tal divergência é fruto, sobretudo, da visão que se tem acerca do que representa o ensino de história nas escolas.
Ocupando-se do questionamento acerca do termo “disciplina” e seus inúmeros significados, Chervel faz uma introdução às questões educacionais. Estudar as disciplinas escolares significa um olhar mais atento aos processos sócio-culturais entre a escola e seus agentes, dentre os quais o público a que esta se destina. Entendendo as disciplinas em seu contexto