Criminologia

e. A sociologia criminal norte-americana

Nos Estados Unidos, a criminologia começou também a estudar-se essencialmente a partir do início do séc. XX. Tratou-se essencialmente do desenvolvimento de teorias já traçadas na Europa e que agora estavam a ser adaptadas a uma nova realidade; trabalho feito essencialmente por sociólogos levou a que a criminologia norte-americana ficasse conhecida como escola(s) da sociologia criminal. Trata-se essencialmente de escolas que não chegam a pôr em causa a justiça, seriedade, bondade ou legitimidade da sociedade americana; não chegam ao ponto de uma oposição radical a um certo tipo de sociedade antes se limitam ao levantamento de alguns defeitos, de algumas distorções na organização social que entendem, poderiam ainda ser corrigidos.

i. A escola da deviance

Com a escola sociológica americana o objecto da criminologia alterou-se um pouco: se até então a criminologia estudava o crime em sentido restrito (comportamento incriminado na legislação penal), agora a questão passa a ser vista e analisada pela lupa do sociólogo e é claro que a este não interessa tanto esta noção de crime em sentido legalista ou positivista, mas sim enquanto comportamento desviante. A escola da devience, aquela que estudava o comportamento desviante, debruça-se não apenas sobre o crime enquanto comportamento que se desvia das normas estabelecidas, mas também sobre outros comportamentos desviantes que se afastam das normas sociais ou morais ou morais mesmo que não sejam crime. Esta escola propõe-se então explicar porque é que as pessoas, ou determinadas pessoas, têm comportamento que vão contra o sistema, seja ele o sistema jurídico, o sistema de regras sociais ou outros; ou seja, pretende explicar a ratio essendi dos comportamentos que se desviam das regras: os comportamentos desviantes.
Os autores acabam por concluir, um pouco no sentido de DURKHEIM, precisamente também das escolas da sociologia criminal embora neste caso da Europa, que o