Criança e trabalho infantil

Criança e trabalho infantil: algumas análises

Letícia Silva Ferreira
Aluna do 5° período do curso de Pedagogia da UFSJ

O trabalho infantil tem-se configurado como um amplo campo de pesquisas ao longo dos últimos anos por parte de pesquisadores, sociólogos e estudiosos que buscam respostas para a situação da criança trabalhadora no Brasil.
Segundo Marques (2000), a maioria dos estudos realizados nos últimos anos, dão ênfase aos aspectos jurídicos, econômicos e demográficos relacionados ao assunto em detrimento dos níveis simbólicos, culturais e históricos presentes nessa configuração. Ainda segundo o autor e também através de uma pesquisa realizada nos principais periódicos brasileiros ligados à área educacional até a presente data, não foi localizada nenhuma publicação que tratasse do trabalho infantil como um contexto amplo de considerações tais como família, escola, comunidade e cultura.
Algumas questões foram levantadas afim de nortear o trabalho sobre essa infância trabalhadora. Quem é o infante trabalhador? A que tipo de trabalhos estão submetidas estas crianças? Porque estas crianças estão trabalhando? O que podemos definir como trabalho infantil?
“Podemos compreender a infância como a concepção ou a representação que os adultos fazem sobre o período inicial da vida ou como o próprio período vivido pela criança, o sujeito real que vive essa fase da vida”(Kuhlmann Jr e Fernandes, 2004). Esta é uma das muitas definições encontradas para se definir o que é infância. Faço uso desta citação pois a mesma não delimita uma faixa etária com a qual trabalhar o assunto, visto que ao iniciar este trabalho ainda não foi delimitada uma.
A criança foi tornando-se nos últimos séculos um ser social de importantes representações. Estudos de diversas áreas do conhecimento tentam determinar e explicar seu comportamento, sentimento, aprendizado etc mas, isso nem sempre ocorreu.
Dentre os estudos que buscam remontar essa vivência infantil, podemos destacar os de Áries