Correntes estilisticas
Nas diversas épocas e culturas variam os enfoques seletivos, sempre de acordo com valores vigentes. Não são valores eternos. O que vem a ser considerado importante numa geração, talvez não o seja mais na geração seguinte. Além disso, os enfoques variam de acordo com a personalidade do artista - nos contextos culturais onde já é possível a individualidade expressar-se - e possivelmente ainda nas formas de maturidade de seu desenvolvimento artístico. Todavia, na multiplicidade de enfoques possíveis, podemos distinguir três atitudes básicas. Elas representam modos de vivenciar, ou seja, maneiras diversas de se encarar e elaborar a experiência do viver. Como se fosse correntes submarinas moldando o curso das ondas, as grandes correntes estilísticas - o Naturalismo, o Idealismo e o Expressionismo - caracterizam essencialmente os diversos estilos históricos assim como os estilos individuais dos artistas. Tais corrente não se excluem mutuamente. Por vezes se interpenetram no sentido da época ou na obra de um artista. Mesmo assim, essas correntes gerais representam atitudes suficientemente distintas para as podermos reconhecer - dentro das formas sempre novas de cada estilo cultural ou individual - identificando um particular enfoque seletivo, sobretudo na acentuação dos aspectos significativos que determinam o conteúdo expressivo da obra.
NATURALISMO
Existe em nossa experiência uma situação que é bastante comum: a de sentirmos certas emoções em relação a determinadas pessoas, ou a objetos, ou fenômenos naturais. Nossas emoções são transferidas para as pessoas e objetos e incorporadas a eles, a ponto de doravante nos parecerem parte integrante de sua existência. O artista poderia tentar captar tais emoções, representando a aparência física dos fenômenos que a causaram. Se for esta a intenção, ele procederá de modo bastante objetivo procurando respeitar a configuração natural, sem introduzir ênfases formais que não lhe pertencem,