CORPOS SUSPENSOS E EMOLDURADOS

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CORPOS SUSPENSOS E EMOLDURADOS: A SUBSERVIÊNCIA ESCANCARADA.

Nos dias atuais parece bastante pertinente e interessante repensarmos as questões da educação do corpo pelo viés de análise da Teoria Crítica da Sociedade, tal como foi proposta pela Escola de Frankfurt, através das reflexões de Theodor Adorno e Max Horkheimer relacionadas a amplitude e a influencia dos fenômenos culturais sobre a produção social mais ampla. Tais reflexões consideram o individuo como um produto da cultura, da política e da economia.
Nesse sentido por meio das categorias frankfurtianas de “indústria cultural” e “semiformação cultural” é possível repensar como os indivíduos são induzidos a uma determinada educação do corpo por meio das imagens corporais que surgem, onde as pessoas começam a ser definidas como um padrão semelhante ao qual deve ser seguida, a produção de necessidades banais, todas elas compreendidas como processos da educação do corpo na atualidade.
O estudo investiga a relação entre a formação da consciência corporal humana e os possíveis investimentos formativos da indústria cultural assumidos pela exposição de imagens do corpo na esfera da sociedade capitalista moderna. Foram examinadas imagens corporais veiculadas nos centros urbanos pelos “outdoors” no sentido de desmistificar alguns mecanismos de manipulação ideológica desse aparato. Os outdoors passam uma imagem visual, um padrão de estética a ser seguido. A escolha dos outdoors prende-se ao fato de que, ao contrário dos demais discursos de massa, como as revistas e programas televisivos, eles são seletivos. Não há como evitá-los, eles se impõem ao olhar mais desatento ou desinteressado traduzindo-se em resquícios totalitários e fascistas na sua forma sutil de impor padrões comportamentais, o formato do outdoor é por si só autoritário, ele é gigantesco, é imenso, se impondo em todos os sentidos. Também seu caráter exclusivo de publicidade induz na percepção dos indivíduos uma identificação que ultrapassa o mero

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