corporeidade e cartesianismo
Corporeidade somos nós na íntima relação com o mundo, pois um sem o outro é inconcebível. (MOREIRA, 2006).
Ao longo da história a concepção de corpo passou por diversos conceitos, sempre ligadas a fatores sociais, culturais e até mesmo religiosos. E isto foi preponderante para o entendimento/tratamento que era dado ao corpo.
A concepção de corpo vai desde as ideias de Platão onde ele tinha uma visão dualista que o ser humano era separado em corpo e mente , passando pelos dogmas do Cristianismo onde o corpo era o responsável por todos os pecados (corpo suporte da alma), posteriormente vem o renascimento onde é o período de valorização das formas corporais e do aumento do interesse pelo corpo, inclusive como objeto de estudo da medicina, física e biológica; também é nesse período que a ideia de adestramento corporal ganha força, uma vez que o corpo é considerado como um objeto. No iluminismo ganhou força ideia de “autonomia do corpo”, (controlada pela burguesia) que com a expansão do sistema capitalista (Revolução industrial), pelo desenvolvimento da tecnologia os utilizaria para aumentar a produção.
Surgiu um corpo utilitário e massacrado por exaustivas jornadas de trabalho (às vezes, chegavam a catorze horas diárias), mas que deveria ser suficientemente forte e resistente para que os objetivos mercantilistas dos patrões pudessem ser alcançados. O corpo passa a ser reconhecido como instrumento para produção de capital. (MONTEIRO, 2009, p. 25).
Segundo ASSMANN(1996) corporeidade não é a fonte complementar de critérios educacionais, mas seu foco irradiante primeiro e principal.
Centrar a educação na corporeidade significa trazer a vida e as vivências para o processo educativo.
Descartes compreendia o corpo humano como uma máquina, sem relação com a mente, inclusive, afirmando, que a existência humana se dá através do pensamento e não pela presença do corpo no mundo. O primeiro princípio de sua filosofia era “penso, logo