Cora O Inquieto
“Feliz aniversário, pestinha!” Minha mãe foi esvoaçante até minha cama, tão graciosa que me deixou com inveja. Eu sabia que ela não tinha sido sempre daquele jeito, o que me fez sentir um pouco melhor. Como eu era metade vampira e metade humana, todos os meus traços humanos haviam sido herdados da minha anormalmente desajeitada mãe. Eu não sou mais um bebê.
Por que ela ainda tem que me chamar de pestinha? Ela abriu minhas cortinas e o sol pesado brilhou diretamente nos meus olhos. Eu gemi e rolei para longe da luz forte irritante, e da pele cintilante da minha mãe. “Levante, dorminhoca”. Ela cantou e os lençóis desapareceram da minha cama.
“Que é isso?! Se é meu aniversário eu posso dormir até tarde”, eu disse, fazendo biquinho.
“Eu não consigo acreditar que você já tem 6 anos. Há seis anos atrás você entrava neste mundo. “
Eu gemi. “Lá vamos nós de novo.” Eu amava minha mãe profundamente, mas ela precisava dar esse discurso todo ano? Era sempre a mesma coisa… eu entrei nesse mundo, e ao mesmo tempo meu pai teve que transformar minha mãe para mantê-la viva. Ok, quando eu conto a história parece um pesadelo, mas quando minha mãe, Bella, conta, ela a faz soar como um conto de fadas. Eu odeio como eles contam a partir do exato ano em que eu nasci, e não pela minha idade física. Eu posso ter apenas 6 anos de idade, mas eu gosto de falar que hoje estou fazendo 11. “Onde está o papai?”, perguntei quando minha mãe terminou a história.
“Preparando o seu presente. ” Minha mãe sorriu para mim e desapareceu no meu closet. Ela jogou de lá de dentro um vestidinho de alcinha. Dado que vivíamos numa ilha, estava sempre quente, e assim meu closet estava cheio de vestidos de verão. Graças à minha tia Alice. Tia Alice era a única pessoa que eu conhecia que dizia que eu não era como a minha mãe. Estilo era algo do qual eu havia crescido próxima, então eu havia me tornado familiarizada com ele. Minha mãe, por outro lado, nunca havia tido senso de estilo