Contraponto

Este texto tem como objetivo fazer uma analise da teoria Malthusiana e Marxista sobre população, contrapondo-as nas suas especificidades de modo que se possa fazer perceber a desconstrução de Marx, sobre a teoria Malthusiana. Notoriamente ficam expostas as diferenças intrínsecas nos pensamentos Malthusiano e Marxista, mas que de certa maneira se relacionam, pois este trata da superpopulação relativa que nasce de um fenômeno estrutural do sistema de produção capitalista e aquele trata do crescimento populacional como um fenômeno natural que só poderá ser regulado pela insuficiência dos meios de subsistência, ou seja, a quantidade alimento necessária para suprir as necessidades dos seres humanos. Malthus foi o primeiro a desenvolver uma teoria populacional, relacionando esta com outros aspectos naturais inerentes ao ser humano. Posteriormente Marx, desenvolve uma teoria sobre a acumulação do capital e o desenvolvimento de uma superpopulação essencial para nutrir o sistema de produção capitalista, demonstrando que há um dinamismo populacional que ultrapassa as leis naturais da humanidade. Enquanto Malthus afirma que existe um crescimento populacional geométrico natural, Marx, de forma dialética apresenta uma análise minuciosa do crescimento populacional, na perspectiva da acumulação do capital.
Malthus, teórico do pensamento econômico, desenvolveu a partir da sua inquietação com as teorias dos socialistas utópicos, tais como: Condorcet, Godwin, Wallace, cujos pensamentos traziam uma ideia de igualdade social para a solução da miséria que se perfazia na sociedade. Para Malthus esse pensamento não se firmava na realidade, pois a pobreza é um fator regulatório do crescimento populacional em relação à produção dos meios de subsistência, pois a diferença de ritmos de crescimento da população versos a produção de alimentos criava uma desproporcionalidade que precisava existir para controlar crescimento natural.
A teoria de Malthus se firma numa perspectiva conservadora,