CONTADORA

1- INTRODUÇÃO

Uma variável macroeconômica importante quando se menciona estabilidade econômica e investimento produtivo é a taxa de juros. Desde o período do governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, cuja equipe econômica trabalhou taxas de juros SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custodia) bastante elevadas, que o debate em torno dessa variável é aquecido e tende sempre a demandar níveis mais baixos para que possa se viabilizar o investimento produtivo.
Diante dessa situação temporal desde o início de seu governo o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem buscado estratégias visando baixar os juros de maneira moderada estimulando o giro da moeda em investimentos produtivos sem criar uma inflação de demanda no país, uma vez que, basicamente a baixa dos juros hoje no Brasil seria uma das principais metas na área econômica a ser atingida.
O investimento no estoque de meios produtivos de uma empresa (máquinas e equipamentos) é feito com o intuito de se alcançar lucratividade futuramente. Surge, daí, a necessidade de uma análise de viabilidade econômica sobre quanto terão que pagar pela obtenção de determinado bem, visto que quanto mais juros se pagar por essa aquisição menor será o lucro desse investimento. Esse é o motivo pelo qual não é raro encontrar em análises econômicas nos diversos meios de comunicação, as elevadas taxas de juros como responsáveis por níveis relativamente inferiores de investimento produtivos.
Quando essas taxas estão altas, elas indicam para os empresários que não é o momento certo de investir. Como tudo na economia, um fator influencia o outro. A alta nas taxas inibe os investidores, diminuem a circulação da moeda no país, diminui os empregos e em conseqüência, o poder aquisitivo. Já, quando as taxas estão baixas, os empresários se sentem estimulados a investirem, o que aumenta a circulação de moeda, o emprego e o poder de compra da população. Porém, quando essas taxas são excessivamente baixas, ocorre o que é chamado de