contabilidade ambiental

CONTABILIDADE AMBIENTAL, BALANÇO SOCIAL E A ESTRUTURA
CONCEITUAL DA CONTABILIDADE
INTRODUÇÃO
O presente trabalho pretende contribuir para a formulação de uma resposta adequada para a seguinte pergunta: qual é a relação existente entre a contabilidade e preservação do meio ambiente? Em nossa atuação profissional, esse questionamento é muito freqüente e não se restringe às pessoas leigas. A Deliberação CVM 29/86, sobre a estrutura conceitual básica da contabilidade, ao descrever o postulado da entidade contábil, proporciona o fundamento teórico para o balanço social e a contabilidade ambiental. Todavia, a sua redação parece não ter proporcionado um fácil entendimento do assunto.
Logo, uma iniciativa que objetiva melhorar a compreensão sobre o potencial da informação contábil para auxiliar o equacionamento dos problemas sociais e ambientais parece plenamente justificável e oportuna.
A ESSÊNCIA DA CONTABILIDADE
A essência da contabilidade é a informação. Essa informação deveria auxiliar os processos de tomada de decisões e formulação de julgamentos implementados pelos mais variados interessados (usuários dos relatórios contábeis – investidores, governos, parceiros comerciais, contribuintes e cidadãos). Entretanto, contabilidade é informação, mas nem toda informação é contabilidade. Então, torna-se necessária a tipificação da informação contábil.
Tradicionalmente, a contabilidade oferece informações sobre os seguintes ângulos de um empreendimento (ou entidade):
• situação patrimonial: informações sobre os bens, direitos e obrigações;
• situação financeira: informações sobre a capacidade de honrar compromissos financeiros ao longo do tempo – entrada e saída de disponibilidades ao longo do tempo); e
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• situação econômica: informações sobre a capacidade de gerar riqueza através da exploração de uma atividade econômica.
Supunha-se (e muitos ainda supõem) que esses três ângulos eram suficientes para o monitoramento do processo de criação,