Conde de Vizela
História
A origem do Parque de Serralves remonta a 1923 quando Carlos Alberto Cabral, 2º Conde de Vizela, herda a Quinta do Lordelo, propriedade de veraneio da família à Rua de Serralves (então nos arredores do Porto), e a sua história divide-se em momentos específicos: os traços do jardim de finais do século XIX da Quinta do Lordelo e a Quinta do Mata-Sete, o jardim de Jacques Gréber para a Casa de Serralves, e a paisagem do Museu de Arte Contemporânea.
Quinta do Lordelo e Quinta do Mata-Sete (até 1925)
Provavelmente desenhado por um dos viveiristas da cidade, e inspirado nos modelos victorianos de final de oitocentos, o jardim da Quinta do Lordelo apresentava um primeiro núcleo que se desenvolvia nas traseiras da casa com canteiros de formas orgânicas enriquecidos por espécies ornamentais, ao gosto da época. Este jardim culminava, a Sul, numa balaustrada que olhava de cima o lago de contornos orgânicos onde uma ilha central, à qual se ligava uma ponte, e um pequeno pavilhão denotavam o gosto pelo exótico, característico do período. Com uma área significativamente menor do que a presente, a propriedade seria a sucessivamente ampliada pelo Conde de Vizela com a aquisição de terrenos adjacentes, num processo de compras que se prolongaria até aos anos 40, atingindo os actuais 18 hectares.
A Quinta do Mata-Sete, também propriedade da família e herdada pelo irmão do Conde de Vizela, é integrada nesta ampliação por permuta com propriedades urbanas. Na altura da sua inclusão era já caracterizada por estruturas edificadas – pavilhão de caça, celeiro, lagar e casa dos caseiros – informadas por uma idealização da vida rural.
O Jardim da Casa de Serralves (de 1925 a 1950)
Após uma visita, em 1925, à Exposition Internationale de Arts Décoratifs et Industriels Modernes, em Paris, Carlos Alberto Cabral decide intervir na quinta, no âmbito da reformulação da