conclusões mitos

A CONSTRUÇÃO DO MITO

O mito pode ser considerado como a mais arcaica manifestação e tentativa de conservação da cultura de um povo. Os primeiros homens tentavam explicar fenômenos das mais distintas índoles, através de histórias. Estas histórias eram transmitidas por um narrador, homem respeitado no seu circulo social, de geração para geração como uma tentativa de procurar a razão do existir das coisas. Asim, quando o homem deparava-se ante o inexplicável, tentava dar a este um sentido por meio de uma narrativa, que se era aceitada pelas pessoas e caia no senso-comum tornava-se mito. Na falta de um ciência que explicasse fenômenos da natureza, o mito supria esse vácuo com historias onde a fantasia e a realidade andavam de mãos dadas, poderíamos dizer inclusive que os cimentos da nossa civilização encontram-se nas mitologias religiosas que ainda hoje tentam dar sentido a nosso existir, já que segundo Leví-Strauss, “Tudo pode acontecer num mito; parece que a sucessão dos acontecimentos não esta aí sujeita a nenhuma regra de lógica ou de continuidade. Qualquer sujeito pode ter um predicado qualquer; toda relação concebível é possível.” (pg.239)
Por outro lado não pode-se considerar o mito como uma manifestação desconexa, de impossível classificação, porque mesmo tratando-se de histórias de outrora, percebe-se que há uma estrutura, um arquétipo que os mitos respeitam, ainda se analisarmos duas histórias mitológicas de dua regiões diferentes do planeta, inclusive, em épocas distintas. Conferindo assim que não existe uma arbitrariedade, mas uma unidade que nos permite analisar e classificar uma história como mito. Não trata-se pois do analise dos elementos que o compõem, mas sim da forma, da estrutura em que eles são dispostos no texto, seja oral, seja escrito. Leví-Strauss atribui três princípios para a classificação de um mito (1) a maneira como os elementos do mito estão combinados (2) a linguagem no mito manifesta propriedades específicas (3) ditas propriedades