Compra de votos
Para o que nos interessa, adotando a linguagem já absorvida pela população, crime eleitoral (ou corrupção eleitoral) é toda aquela conduta que desequilibra a eleição, seja pelo uso desmedido do poder econômico ou de autoridade (abuso de poder econômico ou político, conduta vedada), valendo-se o delinquente do dinheiro do chamado “caixa dois” (recursos não declarados à Justiça Eleitoral) ou compra de voto (captação ilícita de sufrágio).
De todos os crimes, a compra de votos é a mais odiosa.
Quando vemos esses “zumbis ambulantes”, os pobres usuários de crack presentes em nossas cidades, de imediato vem a mente a sensação de pena desses dependentes (que em última ratio são doentes). Mas também recrudesce a repulsa contra a postura dos traficantes, típicos vampiros da era moderna que sugam o dinheiro e a dignidade dos usuários.
Os traficantes de crack roubam a dignidade das pessoas.
Político que compra voto é exatamente igual.
Ao traficante e ao mau político é crucial que as pessoas continuem na miséria.
O traficante de voto passa a circular em bairros populosos e onde a população não tem água tratada (e nem “destratada”), desconhece escolas e creches, o asfalto na rua é só objeto de desejo, e posto de saúde só se for a “benzedeira” do final da rua.
Esses mau caráter (mau político e traficante) se disfarçam de várias formas: presidente de bairro, liderança da comunidade, dirigente partidário, representante da igreja, e por aí segue. Suas armas são as odiosas ofertas de cesta básica (sacolão), consultas médicas e odontológicas, assessoria jurídica, promessa de empregos, entrega de dinheiro, materiais de construção etc..
Para disfarçar a criminosa atuação e enganar a