colonização

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Singularidades do Brasil No último quartel do Seiscentos a crise geral que caracterizava o século atingia profundamente Portugal. Numa conjuntura recessiva, marcada pela falta de metais preciosos para o trato asiático e pela queda das rendas régias, os novos leilões do Asiento apareciam em Lisboa como um grande negócio. Logo, o tratado de paz entre as duas capitais ibéricas relançava a possibilidade de participação portuguesa nos contratos de fornecimento de africanos á América espanhola. O antijudaísmo visceral e a persistência do antilusitanismo estigmatizavam as propostas tradicionalmente encaminhadas por negociantes cristãos-novos, tendo por conseqüência o surgimento de sociedades de fachada, contratos de gaveta e testas-de-ferro. O bom trânsito entre os genoveses em Madri era explicado pela sólida rede bancária e não se apresentava como inimiga nem rival colonial da Espanha; ao inverso do que acontecia com os negreiros ingleses, holandeses e portugueses para dar cumprimento ao contrato do asiento. Doutrinário da política de fomento ás manufaturas nacionais, Duarte Ribeiro de Macedo visava primeiramente proteger o comércio e a indústria do Reino. Porém se opunha ao acesso de negreiros sevilhanos a Cabo Verde alertando a Coroa sobre o fato de que a Marinha mercante espanhola e as mercadorias estrangeiras introduzidas em Cabo Verde trariam prejuízos ao comércio e ás fábricas do Reino. O dano causado á economia portuguesa seria maior que a receita fiscal e os lucros obtidos com a venda de africanos. O mesmo defendia a subordinação dos interesses negreiros á indústria manufatureira. No final dos anos 1680, Madri se desentendeu com os assentistas genoveses e holandeses, reaproximando dos portugueses. Buscava ainda adquirir o Contrato de Angola para dali extrair mais africanos, os procuradores do Estado do Brasil e do reino de Angola, numa representação conjunta assinada por ambos, advertem a Coroa de que a iniciativa geraria efeitos perversos no

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