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O grande protagonista do filme Contágio, que estreou esta semana nos cinemas e tem no elenco Matt Damon, Kate Winslet, Jude Law e Laurence Fishburne, é um vírus fictício chamado MEV-1. Capaz de matar uma a cada quatro pessoas que infecta, ele materializa uma ameaça cada vez mais presente: os vírus emergentes, micro-organismos devastadores que, subitamente, saltam de um hospedeiro do mundo selvagem para os humanos e se propagam pelo planeta.

O MEV-1, talvez o vírus mais verossímil criado pelo cinema, foi criado pelo roteirista Scott Burns em parceria com a escritora Laurie Garrett, autora do livro A Próxima Peste (Editora Nova Fronteira). O modo de transmissão, os sintomas e a mortalidade foram inspirados no misterioso vírus Nipah, no vírus da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Severa, em português), e na gripe espanhola (veja quadro com os vírus mais perigosos do mundo).

Do Nipah, os roteiristas tiraram o modo de transmissão. O vírus tem como hospedeiro os morcegos que moram nas florestas da Ásia, mas de alguma forma, provavelmente por meio de frutas semi-mastigadas que caíram em chiqueiros, ele 'passou' para os porcos. Daí foi um passo para contaminar humanos, dando início a surtos na Malásia e Cingapura que mataram mais da metade das pessoas infectadas. Ele gera uma grave inflamação cerebral, como uma meningite, causando convulsões iguais às produzidas pelo MEV-1 no filme.

O vírus da SARS também guarda semelhanças com o MEV-1. Os dois surgiram na província chinesa de Guangdong. A primeira pessoa a ser contaminada pelo SARS quando a epidemia surgiu, em 2003, também deve ter sido um cozinheiro. A doença teve origem em um felino selvagem chamado civeta. Nos anos 1990, o bicho passou a ser utilizado na culinária chinesa. Diferente do Nipah, que só é transmitido pelo contato direto com animais, ele sofreu uma mutação que lhe permitiu ser transmitido de humano para humano, pelo ar, como o

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