classificação dos contratos

1 O RECURSO PEDAGÓGICO DA CLASSIFICAÇÃO
A finalidade do recurso pedagógico da classificação reside na necessidade de se “mostrar as peculiaridades dos institutos estudados, na medida em que são agrupados pelas suas similitudes” (GAGLIANO & PAMPLONA FILHO, 2010, p.151).
Como não há um panorama legal que defina a classificação dos contratos, os autores pretenderam proceder a classificação de acordo com a análise dos contratos em si mesmos e na sua consideração recíproca.

2 CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS NO DIREITO ROMANO
A classificação dos contratos no que se refere ao Direito Romano, mais especificamente nas Institutas de Gaio, obedece a critérios formais, apresentando quatro modalidades de contratos: reais, consensuais, verbais e literais:
Contratos reais: exigem a entrega a entrega de uma coisa, incluindo os contratos de mutuo, comodato, depósito, penhor e anticrese.
Contratos consensuais: relacionados a uma declaração de vontades, independentemente de qualquer formalidade, compreendendo os contratos de compra e venda, locação, sociedade e mandato.
Contratos verbais ou orais: se fazem com a enunciação de certas palavras capazes de vincular os sujeitos contratantes, como a promessa de dote e a stipulatio.
Contratos literais: “são os que necessitam de escrita” (VENOSA apud GAGLIANO & PAMPLONA FILHO, 2010, p. 153).

3 CONTRATOS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
A análise dos contratos em si mesmos importa várias divisões e subdivisões, devido à multiplicidade de relações contratuais.
3.1 Classificação dos contratos Quanto à Natureza da Obrigação.
3.1.1 Contratos Unilaterais, Bilaterais ou Plurilaterais – a relação contratual implica na demonstração de duas ou mais manifestações de vontade. Na medida em que o contrato implique em direitos e obrigações para ambos os contratantes ou apenas para um deles, será bilateral (ex.: compra e venda), ou unilateral (ex.: depósito), podendo se falar em contrato plurilateral (ou multilateral), na medida em que haja mais de