Classes Sociais E Desigualdade

Trabalho e Classes sociais no Marxismo
Elizabeth Karla Guedes de Carvalho1, Mário Henrique 2

Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar o conceito de classes sociais e analisar as relações de trabalho por meio da produção dentro da perspectiva marxista tendo como base os autores: Karl Marx, e Nicos Poulantzas.
Palavras-chaves: Trabalho, classes sociais e Marxismo.
Introdução
Na medida em que milhões de famílias camponesas vivem em condições econômicas que as separam umas das outras, e opõem o seu modo de vida, os seus interesses e sua cultura aos das outras classes da sociedade, estes milhões constituem uma classe. Mas na medida em que existe entre os pequenos camponeses apenas uma ligação local e em que a similitude de seus interesses não cria entre eles comunidade alguma, ligação nacional alguma, nem organização política, nessa exata medida não constituem uma classe (Karl Marx, O 18 Brumário de Luis Bonaparte).
Quando como observador nos deparamos com um grande numero de operários reunidos, em fábricas ou em outras situações, avaliamos de imediato como todos integrantes de uma mesma classe social, a do operariado. Porém dentro da teoria marxista é possível perceber que existem diferenças entre eles e é a partir dessas perspectivas teóricas marxistas que buscaremos responder – o que é uma classe social, assim com também buscaremos discutir em que como operários constituem, de fato, uma nova classe social.
O conceito Marxista de classes sociais e trabalho
Frente às leituras estrutural-marxistas as classes sociais são moldadas por alguns pressupostos produzidos das relações. Ou seja, o conceito de classe social em sentido pleno é definido, dentro do discurso de Marx, pelas relações de distribuição que são expressão imediata das relações de produção.
Para Poulantzas as classes sociais são grupos de agentes sócias, homens definidos principalmente, embora não exclusivamente, por seu lugar no processo de produção, isto é, na esfera econômica. Embora alguns