Ciência e profissão

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Conceber o outro como um dos nossos semelhantes parece cada vez mais difícil em nossa cultura. Na contemporaneidade, nossos traços físicos e nossa sexualidade ainda são alvos de discriminação e preconceito, principalmente quando entendemos esses traços desqualificadores como pertencentes a minorias.

Com essa questão em mente, resolvemos discutir algumas questões relativas ao “narcisismo das pequenas diferenças” postulado por Freud (1930/ 1969), tomando como base o debate promovido pela tese do antropólogo Luiz Mott, em 1995, acerca da possível homossexualidade do líder negro Zumbi dos Palmares, frente a grupos do movimento negro e homossexual no Brasil.

A partir dessas considerações, perguntamos: por que a homossexualidade de Zumbi não foi aceita pelos grupos do movimento negro, e por que não houve uma reação semelhante por parte de grupos homossexuais? O que é pior em nossa sociedade: ser identificado como negro ou como homossexual? E quando se passa a pertencer a ambos os grupos, significa ser discriminado duplamente?

Parece-nos que adentramos o século XXI sob o legado do preconceito contra duas minorias sociais que há tempos vêm sendo discriminadas: o homossexual e o negro.

Preconceito “é o conjunto de crenças, atitudes e comportamentos que consiste em atribuir a qualquer membro de determinado grupo humano uma característica negativa, pelo simples fato de pertencer àquele grupo: a característica em questão é vista como essencial, definidora da natureza do grupo, e portanto adere indelevelmente a todos os indivíduos que o compõem” (MEZAN, 1998, p. 226).

Porém, para Jones (citado por Goldstein, 1983), autor ligado à Psicologia Social, o preconceito é definido como “um julgamento negativo dos membros de uma raça ou religião, dos ocupantes de qualquer outro papel social significativo, uma avaliação não válida de um grupo ou de seus membros, ou ainda uma atitude ou sentimento que predispõe o indivíduo a atuar, pensar e sentir de modo desfavorável sobre

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