Ciborgue e cultura

7107 palavras 29 páginas
INTRODUÇÃO

Costumamos associar tecnologia a coisas que piscam, tem fios e custam caro. Na prática, quaisquer ferramentas que ampliam nossos sentidos e capacidades – de uma colher a iPhones – são tecnologias. E quando elas se tornam ferramentas tão íntimas de nós, a ponto de mudar nossos cérebros (hábitos/costumes), podemos chegar ao conceito de ciborgue.
A princípio quando pensamos em ciborgue nos vem à imagem de um ser híbrido, uma mistura de humano - máquina ou algo cibernético. Essa estética de ciborgue como humano - máquina ou simplesmente máquina pode ser observado principalmente através dos meios de comunicação em massa (cinema, TV, literatura) onde o ciborgue é estereotipado como sendo um ser robótico que traz características humanas (fisicamente semelhante).
Em 1985 que as teorias já existentes sobre o ciborgue foram contestadas. Nesse ano, Donna Haraway publicou seu ensaio “Manifesto em favor do ciborgue”, apresentando o ciborgue como produto de uma transformação social, prestes a acontecer devido à maneira como as tecnologias estavam cada vez mais fazendo parte do cotidiano das pessoas. Para Haraway “as realidades da vida moderna implicam uma relação tão íntima entre as pessoas e a tecnologia que não é mais possível dizer onde nós acabamos e onde as máquinas começam” (Kunzru, 2000a, p. 25).
Portanto iremos abordar a tecnologia influenciando direta e indiretamente a vida do homem em vários âmbitos da cultura.

1 – CIBORGUE E CULTURA: CONCEITOS
1.1 - Ciborgue

O termo Cyborg foi criado por Manfred Clynes e Nathan Kline em 1960, sendo uma abreviatura de “Cybernetic Organism”. Clynes e Kline imaginaram um astronauta possuidor de um coração controlado por anfetaminas e injeções, e pulmões substituídos por células energéticas inversas, alimentadas por energia nuclear. Esse teria melhores condições de sobreviver em ambientes extraterrestres. Tal idéia foi concebida depois de refletirem sobre a necessidade de estabelecer uma relação mais íntima

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