Caso watergate

Watergate: Sinônimo de corrupção política
Por Vinicius Kepe Freitas

O filme “Todos Os Homens Do Presidente” (All the President's Men, 1976), dirigido pelo americano Alan J. Pakula nos insere em um grande escândalo político que ocorreu em 1972, em Washington, capital dos Estados Unidos, e que envolveu o roubo de dinheiro público ligado com quem seria o primeiro presidente eleito dos EUA a pedir renúncia, Richard Nixon.
Ao assistir o longa tive a leve sensação de estar fazendo parte do exaustivo trabalho dos jornalistas Carl Bernstein e Bob Woodward que, como todo futuro jovem aspirante a repórter, sonha em ter uma matéria de alto nível como o caso Watergate em mãos. A determinação, a dúvida, a insegurança, o medo são sentimentos que eu acredito fazer parte de uma investigação jornalística. Ainda mais quando se trata de uma que envolve nada menos que o Governo e o presidente eleito e uma fonte misteriosa que, sem dúvida, foi a ponte para o sucesso da solução do quebra-cabeça. Chamado apenas de “Garganta Profunda” a fonte usada para direcionar um dos jovens jornalistas nas investigações teve sua identificação preservada durante 30 anos. Isso é exemplo da ética entre jornalista-fonte e do chamado informação em OFF. O profissional tem que saber em que terreno está pisando, tem que acreditar que aquilo que procura vai resultar em uma grande notícia. Ter cautela e apurar os fatos é rigorosamente indispensável neste caso.
Pude ver através das atividades ambientadas no The Washington Post, do filme, e ter uma ideia de como funciona a lógica e as decisões tomadas pelos envolvidos no caso. A exagerada desconfiança do editor-chefe a cada nova informação coletada pelos jovens jornalistas que, é claro, é de extrema importância, pois, além de seus empregos, a reputação do jornal também estava em jogo. Os comentários do jornalista Ricardo Noblat em “Arte de fazer um jornal diário”¹ veio-me na cabeça no exato momento,em uma das cenas de reunião, onde se encontra os dois