caso ver e não ver

VER E NÃO VER

A história gira em torno de Virgil, um homem de 50 anos, que por doenças decorrentes em sua infância, ficou cego. Naquela época fora diagnosticado como portador de Renite Pigmentosa, uma doença hereditária.
Amy sua noiva, que freqüentemente se consultava com vários médicos por causa de sua diabetes, resolveu levar Virgil a uma consulta com seu oftalmologista, com a esperança de que Virgil pudesse voltar a enxergar antes do casamento. Após a avaliação, o Dr. já não tinha tanta certeza da doença de Virgil, mas constatou que o mesmo possuía espessas cataratas, mas mesmo assim Virgil conseguia ver luzes e sombras, constatando então que não havia destruição total da retina.
A cirurgia para a remoção da catarata foi realizada, a remoção aconteceu primeiro no olho direito e foi um sucesso, todos no hospital ficaram emocionados agora Virgil finalmente podia ver. Amy iniciou um diário onde relatou a recuperação de Virgil, ela conta que no dia em que os curativos foram retirados e Virgil abriu os olhos, a primeira coisa que ele fez foi sorrir, todos sabiam que Virgil via algo, mas não sabiam o que.
Ele parecia estar fitando o vazio, desorientado e sem foco, só conseguiu identificar o médico depois que o mesmo se pronunciou. Após alguns dias da cirurgia Virgil relatou que o que via eram manchas sem foco, e ao ouvir a voz do medico compreendeu que aquilo só poderia ser um rosto. Virgil não tinha memórias visuais em que apoiar sua percepção, ele não teve mundo algum de experiência e sentidos esperando-o, ele podia ver, mas o que via não tinha qualquer coerência, sua retina e nervo óptico estavam ativos, transmitindo impulsos, mas seu celebro não conseguia dar sentido ao o que estava vendo.
Todos incluindo Virgil esperavam uma coisa mais simples, que Virgil abrisse os olhos e veria como uma pessoa normal, mas não foi bem assim que aconteceu removida a catarata ele conseguia ver cores e movimentos, objetos e formas, conseguia também reconhecer algumas