Capítulo 1 do Livro “Às Armas, Cidadãos”

Resumo: Capítulo 1 do Livro “Às Armas, Cidadãos”

Ao lado da França feudal, desenvolveu-se a capitalista. Mas, no fim do século 18, as tradições feudais limitam a expansão do comércio e impedem a participação de todos no vida política. O clero e a nobreza têm muitos privilégios, como isenção de impostos. Aqueles que trabalham formam a plebe e produzem a riqueza do país, são 98% da população. Além da desigualdade, a administração ruim dos bens, os gastos com luxos e as dívidas do Estado levam a França a uma grave crise econômica e ao colapso das finanças públicas. Para piorar a situação já ruim do povo sempre desfavorecido, em 1788, um inverno rigoroso destrói a colheita, leva à alta de preços e à mais violenta revolta rural (jacquerie) que a França já viu.
Para mudar a situação, o ministro das finanças Callone propõe reformas: imposto sobre rendimento da terra pago por todos, inclusive aristocratas (clero e nobreza); reforma administrativa para criar assembleias municipais e diminuir o poder da aristocracia. As reformas não são aprovadas pela nobreza. Brienne, substituto de Callone, vendo a oposição dos aristocratas recorre aos parlamentos. Os juízes, também privilegiados, negam as reformas e exigem a convocação dos estados gerais. Isso foi uma estratégia: o voto da assembleia dos estados gerais era feito por ordens, sendo um voto da nobreza, um do clero e um do terceiro estado. Nobreza e clero votariam da mesma forma, contra as reformas. Por isso a burguesia passa a lutar por igualdade nos votos e mais representatividade para o terceiro estado.
Mesmo o terceiro estado sendo visto como um só, dentro dele havia muitas classes diferentes. A nobreza era a ordem dos que combatiam e tinham títulos. Junto com o clero, formado pelos representantes da igreja, eram a aristocracia. Eram classes mais homogêneas e mesmo assim alguns membros delas apoiavam a burguesia. O terceiro estado não tinha nada de homogêneo e era composto por: sans-cullotes (todos que viviam de seu