Capitalismo parasitário - fichamento
1.CAPITALISMO PARASITÁRIO
O autor compara o sistema capitalista a um parasita, afirmando que este só pode evoluir enquanto existirem partes por ele ainda não exploradas, ou seja, não capitalistas. Sendo assim, o sistema econômico atual acabará cedo ou tarde, por destruir o organismo que o abriga (planeta terra), pondo fim também, as condições necessárias a sua sobrevivência. Para Bauman, essa realidade pode ser evidenciada no caos gerado pelas “hipotecas subprime” que pareciam aos olhos da opinião pública uma forma de solucionar o problema dos sem teto, mas provaram ser na realidade uma maneira de “ transformar em devedores indivíduos desprovidos dos requisitos necessários a condição de um empréstimo” (pg 9). Nesse mesmo raciocínio, fica evidente que a atual crise, é a simples exaustão de um pasto, parasitado por nosso sistema econômico, que ficará resolvida, de maneira paliativa é claro, com a descoberta de terras virgens á explorar, ou maneiras mais eficientes de fazê-lo. No entanto, surge nesse contexto uma pergunta: Até quanto conseguirá esse parasita, se adaptar as condições, cada vez mais inóspitas, proporcionadas por sua própria existência no organismo hospedeiro?
Seguindo essa lógica, o autor, cita como os cartões de crédito e os empréstimos bancário, com falaciosas promessas de serem úteis para antecipar a realização dos desejos de compra de seus usuários, tranforman-os na verdade em devedores eternos, graças aos juros aplicados as suas dívidas. Juros esses, que atualmente financiam todo o trabalho dos bancos. Para comprovar, Bauman, cita vários exemplos de jovens, que acabaram gravemente endividados devido as tentatoras ofertas de créditos, bombardeadas por todo o tipo de propagandas. Esse fato, seguido de outras estatísticas, como o aumento alardante de devedores, só evidenciam uma realidade assustadora aos olhos dos bancos: a drástica redução dos horizontes plausíveis de ampliação, ou seja, como em