Cangaço

História – O cangaço

Foi uma onda de banditismo, crime e violência que se alastrou por quase todo o sertão nordestino brasileiro entre o século XVIII e meados do século XX. Para alguns especialistas, o cangaço teria nascido como uma forma de defesa dos sertanejos diante a ineficiência do governo em manter a ordem e aplicar a lei. Mas o fato é que os bandos de cangaceiros logo se transformaram em quadrilhas que aterrorizavam o sertão, pilhando, assassinando e estuprando. Para combatê-los o governo reagiu com as “volantes”, grupo de policiais disfarçados de cangaceiros, que muitas vezes eram mais brutais que os próprios cangaceiros. O maior de todos os cangaceiros, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, começou a atuar em 1920. Estima-se que sua gang chegou a matar mais de 1000 pessoas. As primeiras mulheres juntaram-se ao cangaço a partir de 1930 – a primeira foi Maria Bonita, companheira de Lampião- . O sucesso de seus ataques contra fazendas e vilarejos fez a policia intensificar os esforços para enfrenta-los, usando armamentos que os cangaceiros jamais conseguiriam comprar como submetralhadoras. Em 29 de julho de 1938, Lampião e Maria Bonita foram mortos por um volante. Um dos sobreviventes, Corisco, tentou assumir o lugar do chef, mas foi morto pela policia em 1940, num ataque que encerra o cangaço. Defesas do sertão Estes grupos apareceram em função principalmente, das péssimas condições sociais da região nordestina. O latifúndios que concentravam terra e renda nas mãos dos fazendeiros, deixava as margens da sociedade, a maioria da população. Imagem dos cangaceiros Aqueles que respeitavam e acatavam as ordens dos cangaceiros não sofriam, pelo contrario, era muitas vezes protegidos e ajudados. Esta atitude fez com que os cangaceiros fossem respeitados e até mesmo admirados por parte da população da época. Os cangaceiros não moravam em locais fixos. Possuíam uma vida