BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China
Apesar de o termo Bric colocar o Brasil ao lado da Rússia, da Índia e da China, o desempenho da economia brasileira ficou aquém daquele observado entre os seus pares. Na comparação com outros países emergentes, o Brasil também sai perdendo.
No primeiro trimestre deste ano, enquanto o PIB brasileiro cresceu 3,4% ante o mesmo período de
2005, o russo teve uma expansão de 4,6%. Já as economias indiana e chinesa cresceram 9,3% e
10,3%, respectivamente.
Na lista de obstáculos à frente do Brasil, economistas ouvidos pela Folha apontam as taxas de juros mais elevadas que a dos demais países em desenvolvimento, a carga tributária pesada, que leva 38% do PIB, e arcabouços regulatórios considerados confusos pelos investidores internacionais. A economistachefe do BES Investimento, Sandra Utsumi, argumenta também que o perfil da economia brasileira reúne algumas características negativas dos países desenvolvidos legislação trabalhista pouco flexível e o fardo da Previdência Social nas contas públicas, por exemplo e ineficiências típicas de países em fase de desenvolvimento. Diante disso, diz Utsumi: "Para o histórico recente brasileiro, o resultado foi bom, mas acabou evidenciando as restrições ao crescimento brasileiro em relação a outros emergentes".
Ao fazer uma análise da economia brasileira, o autor do termo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o economista do Goldman Sachs Jim O'Neill, destacou alguns elementos que atravancam a economia brasileira. "A dívida externa, a corrupção, a regulamentação e a estabilidade política são itens nos quais o Brasil precisa trabalhar mais", disse. Mesmo com a ressalva, O'Neill enfatiza que o país ainda merece pertencer ao grupo Bric.
Setor externo
Uma dificuldade conjuntural também ajuda a explicar o desempenho mais modesto ante os demais emergentes. Na comparação pontual com países asiáticos como a Malásia, a Indonésia e a