Breve biografia de Hélio Oiticica
Devido ao grande número de museus acessíveis a ele, Oiticica passa a então se interessar pela arte. Quando retorna ao Brasil na década de 50 resolve aprofundar seu estudo nas artes, sendo aluno de Ivan Serpa. É nesse período também que o artista começa a escrever peças de teatro. Apesar dessas incursões no mundo artístico, Hélio começa a despontar como artista a partir de 1959, quando fundaria o grupo neoconcreto ao lado de Lygia Clark, Lygia Pape, Franz
Weissmann e Amilcar de Castro. No grupo, Oiticica deixaria para trás os trabalhos bidimensionais e começaria a preferir instalações tridimensionais e multissensoriais.
Nos anos 60 ele desenvolve o que seria um de seus trabalhos mais famosos, senão o mais: o parangolé. Parangolé era um termo utilizado para se informar das novidades, numa expressão comum, “Qual é o parangolé?”. Já a obra homônima de oiticica é uma vestimenta, uma espécie de capa na qual a manifestação artística estava inserida justamente no seu movimento, que revelava seus textos, formas, grafismos e cores.
Sempre tendo uma forte conexão com os morros cariocas, Hélio em 1965 tentou realizar um desfile com passistas da escola de samba da Mangueira vestindo seus parangolés no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o que culminou com a sua expulsão do museu.
Nessa intervenção nota-se como ele estava correto sobre sua crença da elitização da arte que ainda ocorria no Brasil na época e temos uma demonstração do seu apoio pela arte interativa.
Outras de suas obras famosas também são os penetráveis e bólides. O primeiro é uma instalação labiríntica na qual o visitante passa por diversas percepções sensoriais, sendo assim uma obra de arte para ser vivenciada, não somente