Brasil e Movimentos Sociais

Copa e Movimentos Sociais

A sociedade brasileira vive um momento de aborrecimento. Porque de um lado, são gastas indecentes quantias de dinheiro em construções de suntuosos estádios futebolísticos. Por outro, os serviços públicos como, transportes, educação e saúde, encontram-se num panorama de lamentável precariedade. Assim, numa fase de instabilidade econômica, o brasileiro passa a reivindicar seus direitos fundamentais, deixando em segundo plano sua “paixão”, o futebol.
A insatisfação social com a realização da Copa, bem como os gastos excessivos para a realização deste evento, levou a desencadearem em julho de 2013, durante a
Copa das Confederações, uma onda de manifestações por todo o Brasil. Esses movimentos chamados de “primavera” brasileira tiveram com o transcorrer das reivindicações, rumos diferentes, mas relacionados. Não apenas reclamava-se do exorbitante desperdício de dinheiro para realização do Grande Evento, mas também dos desmandos econômicos e sociais do Governo. Assim, a vida politica passou a ser alvo dos protestos. A sociedade não se sentia representada pelos seus representantes. Fala-se a parti daí, em reforma política.
No entanto, todo movimento que parecia ser um despertar do povo brasileiro diante anos de letargia, foi suplantado pela imprevisível vitória da seleção brasileira sobre a campeã mundial, Espanha. A política do pão e circo funcionou novamente. E em questão de dias, as manifestações foram gradativamente perdendo força. A tal reforma se tornou mini, e o Governo saiu ganhando.
Portanto, nos resta esperar que a Copa do Mundo de Futebol ocorresse, para vermos se todo o movimento voltará. O povo do país do futebol, não aquentaria uma derrota em casa. Pois traria a tona o sentimento de revolta, desembocando em novas manifestações que, poderiam tomar um caráter muito maior com relação a anterior.