Borreliose
Apresentação de resenha como exigência para obtenção de nota para aprovação na disciplina de Microbiologia Médica no semestre 2013/2.
2014
"Borreliose de Lyme" (An Bras Dermatol. 2010;85(6):930-8), dos autores Mônica Santos, Vidal Haddad Júnior, Rodrigo Ribeiro-Rodrigues e Sinésio Talhari, traz informações sobre a borreliose ou doença de Lyme (BL), cujo agente etiológico são as espiroqueta Borrelia burgdorferi Sensu Lato; os vetores são, principalmente, os carrapatos do gênero Ixodes, os quais contaminam-se após alimentarem-se de sangue de cervos de cauda branca e camundongos (principais reservatórios nos Estados Unidos); a transmissão se dá via saliva do carrapato contaminado; é uma doença infecciosa, mas não é contagiosa.
A borreliose tem caráter cosmopolita, tendo sido relatados os primeiros casos no Brasil na década de 80, em Manaus, Amazonas, por Talhari e col. Já em 2010, Santos e col., analisaram cerca de trezentos soros de pacientes com dermatoses não associadas à borreliose por ELISA e 19 foram positivos para B. burgdorferi; seis casos foram realmente confirmados na região amazônica pelo Western Blot.
Quatorze espécies compõe o complexo Borrelia burgdorferi Sensu Lato, sendo que quatro associam-se à borreliose: Borrelia burgdorferi Sensu Stricto, B. garinii, B. afzelii e B. spielmanii.
No final da década de 80, a doença foi classificada por Steere e col. em três estágios: primeiro estágio ou fase aguda, com lesões predominantemente cutâneas, podendo haver astenia, artralgia, mialgia, rash cutâneo adenopatia, esplenomegalia, irritação meníngea; segundo estágio, no qual podem ocorrer manifestações articulares (acomete principalmente os joelhos), neurológicas (como encefalite, paralisia de nervos cranianos, meningites, mielite), cardíacas e oftalmológicas (como conjuntivite, neuropatia do nervo óptico, inflamação crônica, miosite intraorbital); terceiro estágio, com quadros