bioética1

Não existem duvidas que muitas pesquisas em seres humanos foram benéficas para o desenvolvimento da medicina, no tratamento de muitas doenças, melhorando a qualidade e aumentando a expectativa de vida das pessoas, mas apesar de serem necessárias, estas não podem ferir o direito de escolha das pessoas que irão participar das pesquisas. Os estudos sobre o corpo humano começaram com Hipócrates e Aristóteles, que realizavam estudos comparativos entre os órgãos de humanos e de animais. Até então, o funcionamento do corpo humano e o que havia em seu interior eram desconhecidos e ao longo dos séculos, muitos pesquisadores estudaram o funcionamento do organismo e métodos para tratar diversos tipos de males que nos atingiam e que por falta de tratamento levavam ao óbito. Boa parte dos tratamentos existentes só foram desenvolvidos devido às pesquisas em seres humanos, porém em muitos casos, o direito de escolha das pessoas envolvidas em tais pesquisas não foi respeitado. Um exemplo foi o que ocorreu durante a segunda guerra mundial, onde os que eram considerados pelos nazistas como "sub-humanos" (judeus, poloneses e russos) eram submetidos a experimentos sobre congelamento (métodos para reaquecimento do corpo) e sobre o estudo de doenças, como os experimentos realizados por Josef Menguele sobre a influência genética em susceptibilidade a doenças. Também existem os casos em que alguns indivíduos estavam sendo utilizados como cobaias sem ter conhecimento como no caso que ocorreu em 1963 onde células cancerígenas vivas foram injetadas em idosos sem o conhecimento deles.
Para evitar tais atrocidades foram criados códigos de conduta, como o código de Nuremberg, que deixa explicito em vários de seus artigos que para tais pesquisas serem realizadas em seres humanos, os participantes devem ser voluntários e se os riscos a saúde, de invalidez ou de morte forem altos demais a pesquisa não deve ser realizada em humanos. Hoje o direito à escolha de participar ou não de algo assim