Bioética

Parabéns mais uma vez!
Os senhores ultrapassaram mais uma barreira, o Vestibular.
São, pois os senhores depositários de certos privilégios, mas também de sérias responsabilidades.
Privilégios porque sendo o acesso ao ensino superior altamente seletivo, o ingresso numa Universidade significa o alcance de uma oportunidade recusada a muitos.
A responsabilidade é decorrência natural do privilégio.
O profissional entregue à sociedade pela Universidade é sem dúvida o material humano que esta inicialmente lhe ofereceu. A sociedade oferece a oportunidade àqueles que seleciona. A Universidade só faz desenvolver-lhe as qualidades.
Assim a escolha dos potencialmente mais bem dotados, isto é a seleção daqueles que terão a oportunidade de ingressar na faculdade é tarefa de importância decisiva para o progresso de uma nação.
Pôr esse motivo a comunidade dedicando carinhoso apreço a sua Universidade deve procurar oferecer-lhe suas jóias mais preciosas, os melhores exemplares de sua juventude. Desculpem-me arrefecer assim de início o vosso entusiasmo, mas não creio que o tenha integralmente conseguido. Não acredito que dominar o conhecimento exigido no vestibular seja suficiente para selecionar aquele que supomos ser o estudante ideal das Ciências da Saúde. Talvez os senhores representem os mais inteligentes, os mais perseverantes, os mais esforçados, podem até serem aqueles que consideramos o estudante ideal, porém não o são necessariamente.
De qualquer forma o processo de seleção definitiva, perfeito e acabado não foi encontrado em nenhum local do mundo, pois traduz um ideal inatingível, pois quase desumano e se alonga pôr toda a História.
Já na Índia Antiga se exigia que o estudante de Saúde fosse:
Jovem e bem nascido
Desejoso de aprender; de caráter alegre
Com autocontrole, de boa memória e inteligente
Corajoso
Puro de mente e de corpo
De clara e simples compreensão
Deveria renunciar: à ira, à ignorância, à vaidade, ao egoísmo e a tudo aquilo que pudesse