Biomonitoramento

O uso de bioindicadores no monitoramento de emissões atmosféricas data do início do século passado, teve um incremento considerável durante o período de industrialização e hoje tornou-se uma ferramenta efetiva no controle ambiental. O estabelecimento da correlação entre sintoma e concentração do poluente, de modo a tornar o bioindicador um biomonitor, é uma questão complexa, e requer estudos aprofundados e reprodutíveis a fim de garantir a qualidade do diagnóstico e refletir a realidade ambiental. Entre as espécies existem classes de suscetibilidade a determinados poluentes ou a poluentes no geral, tanto a nível intraespecífico quanto interespecífico, podendo dividi-los em resistentes (com diferentes graus de tolerância) e tolerantes. Deve-se destacar, que a sensibilidade relativa dos organismos em relação a poluentes atmosféricos é um critério essencial na escolha de bioindicadores adequados (Manning & Feder, 1980).

O teor foliar de elementos constituintes dos poluentes primários possibilita identificar dois grupos distintos de espécies: as acumuladoras (de enxofre, de nitrogênio, de fluoretos e de metais, entre outros) e as não acumuladoras (CETESB, 1996). As primeiras, por não evitarem a entrada dos poluentes nos tecidos foliares, acumulam vários de seus constituintes. Desta forma, concentrações foliares elevadas destes elementos, quando comparadas à literatura e aos teores foliares das mesmas espécies, provenientes de áreas não poluídas, indicam estar havendo acumulação. ... O negro de fumo, do inglês Carbon black, é um produto composto essencialmente de carbono, produzido pela decomposição térmica controlada ou craqueamento pirolítico de hidrocarbonetos gasosos ou líquidos. Há varias formas de negro de fumo, cujas características específicas, controladas pelo tipo de processo produtivo, temperatura e duração da combustão e outros fatores, variam de acordo com a aplicação. Em razão do elevado poder de pigmentação e da capacidade