Batismo de sangue
Professou na Ordem Dominicana, em 10 de fevereiro de 1966, em São Paulo.
Adepto da Teologia da Libertação, é militante de movimentos pastorais e sociais, tendo ocupado a função de assessor especial do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2004. Foi coordenador de Mobilização Social do programa Fome Zero.
Esteve preso por duas vezes sob a ditadura militar: em 1964, por 15 dias; e entre 1969-1973. Após cumprir quatro anos de prisão, teve sua sentença reduzida pelo STF para dois anos. Sua experiência na prisão está relatada nos livros "Cartas da Prisão" (Agir), "Dário de Fernando - nos cárceres da ditadura militar brasileira" (Rocco) e “Batismo de Sangue” (Rocco).
Com Batismo de sangue (lançado em 1982), recebeu o Prêmio Jabuti de 1983, que também foi traduzido para a Itália e França. Baseado nesse livro, o diretor mineiro Helvécio Ratton produziu o filme Batismo de Sangue em 2007.
Na 14º edição desse livro, na qual, o autor diz ser a última, ele continua a mostrar a trajetória do líder da ALN e o papel dos religiosos dominicanos durante o regime ditatorial brasileiro.
“Batismo de sangue realiza, em plenitude, a frase de Jorge Amado que adota como epígrafe - Retiro da maldição e do silêncio, e aqui inscrevo seu nome de baiano: Carlos Marighella.”
Um livro de memória narrado por Frei Betto em que o autor se utiliza de vários focos narrativos, verificando assim, memórias do autor em que ele se fazia presente, memórias de outras pessoas e opiniões do autor sobre fatos e pessoas decorrentes do livro. Em seu âmbito geral, o livro irá tratar da trajetória do revolucionário Carlos Marighella, da participação dos frades dominicanos e da correlação desses durante a ditadura