1. O Barroco no Brasil No final do século XVI surgiu na Itália uma nova expressão artística, que se contrapunha ao Renascimento. O Barroco (palavra cujo significado tanto pode ser pérola irregular quanto mau gosto). O Barroco foi introduzido no Brasil por intermédio dos jesuítas. Inicialmente, no final do século XVI, tratava-se de um movimento apenas destinado à catequização. A partir do século XVII, o Barroco passa a se expandir para os centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por meio das igrejas. Assim, a função da igreja era ensinar o caminho da religiosidade e da moral a uma população que vivia desregradamente. Durante o século XVII a Igreja teve um importante papel como mecenas na arte colonial. Algumas ordens religiosas como beneditinos, carmelitas, franciscanos e jesuítas que começaram a se instalar no Brasil desde a metade do século XVI desenvolveram uma arquitetura religiosa sóbria e muitas vezes monumental, traços de gosto europeu eram reconhecidas nas fachas e plantas retilíneas de grande simplicidade ornamental. No início do século XVII, o Classicismo já estava perdendo a força. Depois de dominar por um século o palco da literatura ocidental, o Classicismo esgotou as renovações trazidas do Renascimento e pouco a pouco foi deixando de ser centro dos acontecimentos culturais. Surgiu, então, o Barroco. O barroco na arte marcou um momento de crise espiritual da sociedade europeia. O homem do século XVII era um homem dividido entre duas mentalidades, duas formas de ver o mundo. O Barroco é fruto da síntese entre duas mentalidades, a medieval e a renascentista, o homem do século XVII era um ser contraditório, tanto que ele se expressou usando a arte. No Brasil, o barroco ganhou impulso entre 1720 e 1750, momento em que várias academias literárias foram fundadas por todo o país. O centro de riqueza da época era Minas Gerais, e foi lá que a produção artística, ligada à igreja, se concentrou. O arquiteto, entalhador e escultor