Bandeirantes

Em meados do século XVII o governo de Portugal passou a investir na busca por metais preciosos no Brasil devido às dificuldades econômicas. Os responsáveis por essas buscas eram os bandeirantes. Eles partiam de São Paulo e seguiam nas direções dos Atuais Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Os bandeirantes faziam essa busca por terra ou seguindo cursos de rios em canoas (monções).
Os bandeirantes foram responsáveis pelo desbravamento do território brasileiro. Expandiram o território brasileiro para além das fronteiras determinadas pelo Tratado de Tordesilhas.
Tinham geralmente como ponto de partida as cidades de São Vicente (litoral paulista) e São Paulo. Caminhavam seguindo o curso dos rios como, por exemplo, o rio Tietê. As expedições de bandeirantes organizadas por particulares eram conhecidas como Bandeiras. As organizadas pelo governo eram conhecidas como Entradas.
Já no final do séc. XVII os bandeirantes eram conhecidos pela experiência nas andanças pelo sertão. Com isso, o Governo-Geral e grandes proprietários de terras começaram a contratar esses sertanistas paulistas para destruir quilombos e combater grupos rebeldes de índios, esse movimento das bandeiras ficou conhecido como Sertanismo de Contrato.
Essas expedições reuniam em torno de mil pessoas e até mais. Viajavam descalços e armados com arco e flecha (arma típica dos nativos), mosquetões e uma espingarda pesada. Eles cruzavam vales e montanhas seguindo o curso dos grandes rios. Alguns dos índios que cederam à cristandade ou membros de aldeias aliadas também ajudavam na captura trabalhando como caçadores ou cozinheiros. Ao retornarem da caçada, conseguiam centenas e até milhares de índios consigo.
Para não serem confundidos com negros africanos que eram nomeados de "negros da Guiné", os indígenas recebiam como reconhecimento a expressão "negros da terra". As consequências destas expedições não foram as esperadas pelo povo autóctones que ora eram deslocados e descaracterizados em suas