bacahrel

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No capítulo ''Histórias'', Ugo Volli vai abordar o problema da narratividade não como um problema das fronteiras narrativas. Na verdade o autor vai partir dos objetos textuais mais ''evidentemente'' literários para fazer sua análise dos elementos que compõe a narrativa, desde sua camada mais ''superficial'', as especidaides de um texto, até a camada mais ''profunda'', das estruturas elementares de uma história, que pode se manifestar em diversas formas textuais. Dai o texto será divido em diversos campos de profundidade de análise: Focalizadores e narradores, Ritmo, Fábula e entrelaçamento, Mundos possíveis, A sequência elementar de Bremond, A sequência narrativa canônica, Modalidade, Paixões.

Dessas considerações panoramicas para a análise textual Volli vai selecionar os três tipos possíveis de narração: a ''focalização zero'', que é narração tradicional da literatura romanesca, como boa parte do romance do século XIX, em que o narrador é onisciente e sabe as dimensões de cada personagem, assim como suas características e sentimentos. O segundo tipo de narração, a chamada focalização interna, é que ocorre na perspectiva de algum personagem, que não necessariamente tem a narração em primeira pessoa em apenas um personagem, podendo ocorrer certas variações. Para Volli é possível identificar também mais um tipo de focalização da narração, a que ele chama de ''focalização externa'': aqui ela é mais naturalista ou realista, narradas assim com um efeito ''superficial'', em que muitas vezes não conseguimos adentrar dentro do psicologismo do personagem.

Observa-se assim níveis diferentes de interiorização dentro da diegese da histórica, podendo o narrador estar, classicamente, narrando os fatos extradiegéticamente, como quem não aparece na história contada. E existe um segundo nível, o intradiegético, aquele em que o narrador já atua dentro mesmo da própria história, e mais ''profundamente'' ainda, o narrador ''metadiegético'', em seu terceiro nível é o narrador

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