Ação Antropologia Filosófica
É de compreensão e aceitação generalizada que nós, Homem, temos a liberdade de agir, e de decidir como agir. Muito embora existam condicionalismos igualmente reconhecidos, como doença psicopatológica, sociais, morais e religiosos.
Conceito de ação:
As ações são acontecimentos,
São acontecimentos que envolvem agentes,
São acontecimentos que consistem em algo que um agente faz,
São acontecimentos que consistem em algo que um agente faz intencionalmente
Para isso o agente necessita ter
Consciência: perceção de si como autor da ação,
Intenção: propósito da ação (o que fazer)
Motivo: o porquê da ação (a razão que justifica a ação)
Vontade: capacidade de opção e decisão
A deliberação na ação humana é mais do que instinto e paixão. Existe um nível subjacente de decisão. O reconhecimento de tal capacidade, mas também responsabilidade, como veremos mais à frente, pressupõe aceitar um conhecimento de si, o pensar e o questionar.
Sendo este exercício de observação do Ser-em-Situação uma realidade necessária para a compreensão da dimensão humana, não se fez contudo desde sempre e tomou várias preceptivas na sua observação.
Para Donald Davidson filósofo americano (1917-2003) há uma relação entre razão, enquanto explicação dos mecanismos de crenças e desejos, e a ação, ou seja, quando a razão explica a ação porque ela mesmo é a sua causa. O caminho que o individuo faz para racionalizar a ação faz-se por introspeção.
Para Elisabeth Anscombe (1919-2001), toda a ação pressupõe uma intenção. “Todos nós distinguimos intuitivamente entre as coisas que fazemos e aquelas que nos acontecem. Nas coisas que fazemos há uma certa casualidade, ou iniciativa que parte de nós. Naquelas que nos acontecem limitamo-nos a ser recetores de efeitos que nós não iniciamos.”
John Searle (1987), in Mente, cérebro e ciência: A noção nuclear na estrutura do pensamento humano é a intencionalidade. Os movimentos corporais das