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CARACTERIZAÇÃO DA SÍNDROME AUTISTA

Pedro Miguel Lopes de Sousa
Isabel Margarida Silva Costa dos Santos
Enfermeiros nos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Mestrandos em Psicologia Pedagógica, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Portugal.
Contactos do autor:
Tel: (+351) 934618213 pierre_pedrosky@portugalmail.com RESUMO
Em 1943, o Autismo viria a assumir um papel de relevo entre a comunidade científica com a publicação do trabalho de Kanner. Pelo contrário, a obra de Asperger, publicada em 1944, só muito depois se viria a tornar conhecida da população científica internacional, permanecendo ignorada durante vários anos.
Neste contexto, recentemente tem-se assistido a um incremento do interesse na síndrome de
Asperger, apesar de ainda não existir consenso sobre o seu enquadramento. “Deverão o autismo e a síndrome de Asperger serem vistos como distintos e como categorias diagnósticas mutuamente exclusivas, ou deverá a síndrome de Asperger ser encarada como uma subcategoria do autismo?”
(Frith, 1994, p. 2).
Neste artigo procurar-se-ão esclarecer estes conceitos e caracterizar sumariamente a
Perturbação Autista e o Síndrome de Asperger quanto aos aspectos cognitivos, sociais, sensoriais e linguísticos.
Palavras-chave: Autismo, Asperger, Kanner, Definições, Manifestações

Pedro Miguel Lopes de Sousa; Isabel Margarida Silva Costa dos Santos

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INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da existência humana que as comunidades parecem ter sido edificadas em torno dos indivíduos ditos normais, excluindo ou negligenciando todos aqueles que se afastavam da norma. Actualmente as atenções começam a centrar-se nesses indivíduos que, de alguma forma, não se inserem numa sociedade construída à margem de todos aqueles que apresentam necessidades especiais.
Neste âmbito, os indivíduos autistas, pelas suas especificidades e pelas perturbações no
relacionamento

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