AULA10

AULA 10 – A Mais-valia e as suas Formas
1 – O GRAU DE EXPLORAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

1. A TAXA E A MASSA DE MAIS-VALIA
Vimos no exemplo do texto anterior que, do valor de produção semanal de pães,
M ($ 945,21) = c ($ 345,21) + v ($ 300,00) + m ($ 300,00) a parte c ($ 345,21) correspondia ao valor produzido em processos de produção anteriores – pelos produtores de fermento, farinha de trigo, leite, e a parte depreciada do forno durante uma semana de uso – que representava o valor dos meios de produção efetivamente consumidos na produção semanal de pães. No âmbito do trabalho vivo vigente na produção de pães, esses meios de produção constituíam trabalho morto ou valor cristalizado. Por isso, esta parte, c, do valor dos pães era, apenas, valor previamente existente que reaparecia na forma de novo valor-de-uso (pães). O valor consumido desses meios de produção eram conservados, na mesma magnitude, na forma de pães.
Mas o valor dos pães, M ($ 945,21), era diferente da soma dos valores dos inputs materiais (Mp) que lhe deu origem. Esta diferença decorre do fato dos pães (valor-deuso) serem distintos da soma desses inputs materiais: são produtos da transformação desses inputs promovidos pelo processo de trabalho, e é isso que lhes faz diferir o valor.
Portanto, os pães carregam um valor novo de $ 600,00 criado acima do valor existente nos inputs materiais, c ($ 345,21). O valor de produção semanal de pães, M ($ 945,21), é constituída por uma parte pré-existente, c ($ 345,21), e por uma parte nova de $
600,00.
Este valor novo de $ 600,00 é que constitui riqueza nova, renda líquida produzida durante o processo de transformação. Mas não é a totalidade deste valor que motiva o produtor de pães a empreender, mas, apenas uma parte – a saber, o excedente, m ($
300,00). Para alcançar este propósito, o capitalista deve garantir que o processo de trabalho gere, primeiro, um valor de v ($ 300,00) durante uma primeira parte da jornada de trabalho – período durante o qual o consumo