ATIVIDADE ESTRUTURADA Lit

A uma passante

No início do século XIX, época da qual a obra foi escrita, a Europa foi cenário de grandes mudanças na produção, passando do manual para o maquinário. A indústria passa por significativa produção, da qual os operários controlam a produção da matéria-prima, desde seu início ao término do produto feito, por meio de sua substituição pelas máquinas.

Desta forma, o operário que representa mais da metade da população, é um simples cidadão que apenas conhece os seus deveres, não usufruindo de direitos sociais e muito menos obtém a capacidade de atuar em cidadania. A partir daí, novas sensações e maneiras diversas de pensamento/reflexão surgem, pois a ausência de aspectos de valorização da vida, o niilismo e a paixão, advém do contexto histórico-social mobilizador da época.

Baudelaire, no poema “A uma passante”, represente a “modernidade” expressa naquela, da qual consiste na abordagem de um tema amoroso relacionado à fugacidade – “o amor fugaz”. Esta nova concepção que promove ao homem na obrigação de adaptar-se a concentração da população nas cidades, a nova rotina de trabalho estabelecida, a exploração da jornada de trabalho, a poluição das cidades ocasionada pelas indústrias. Como na obra é representada por meio dos seguintes versos: “Efémera beldade cujo olhar me fez renascer tão de súbito, só te verei de novo na eternidade?” - representa o cotidiano moderno e belo, sendo ao mesmo tempo incerto e fugaz; “A rua ia gritando e eu ensurdecia.” – definição da adaptação do ser humano na barulhenta, com muitas pessoas, e o consequente ensurdecimento do dele em meio ao ambiente intenso de circulação humana.

A Flor e a Náusea
A poética do autor define, por meio de seu vocabulário simplificado, a aproximação com o cotidiano, fator promove a melhor recepção do leitor para com a obra, ao contrário do teste de interpretação de códigos linguísticos estilísticos, recebendo a mensagem intensamente emotiva.
Tal fator expressa a sensação depreciativa