Assit ncia Carlos ferreira

3641 palavras 15 páginas
assistência EM PORTUGAL no periodo moderno
História Moderna de Portugal II

Introdução

Na História de Portugal houve desde sempre uma atenção especial dada aos pobres. Conforme a época também, as estruturas que prestam cuidado variam, mas varia também a identificação dos que são carenciados. Ao longo da época Moderna, no caso português, surge uma centralização dos poderes da coroa. Essa mesma centralização concentra no monarca várias obrigações: o monarca como administrador de Justiça, o monarca como defensor dos pobres. Coexistindo com o Estado, a igreja, preocupa-se em atalhar os males na sociedade. Muito da assistência acaba por seguir o rumo, os preceitos, a doutrina desta igreja católica que se “instala” no período Moderno como herança da época Medieval. Na época Medieval, a igreja olhava a riqueza com desconfiança, entendendo-a como contrária ao caminho para a salvação da alma dos seus detentores, já a pobreza era exaltada como forma de atalho mais seguro para Deus. Já na época Moderna, a própria igreja salienta a importância da riqueza, aceitando-a como que benfeitora para a pobreza, como forma de remir os pecados e, consequentemente, atingir a salvação da alma.
No meio de uma tão vasta sociedade muitas seriam as instituições necessárias, uma delas seriam as instituições capazes de mitigar a carência dos mais desfavorecidos. Quem eram os mais desfavorecidos no período Moderno? De que forma eram vistos e tratados? Como se processava essa assistência? A quem se dirigia? Seriam escolhidas os recetores? Em que moldes seria feita essa escolha? A introdução de alterações na sociedade trazidas pelo mercantilismo e os novos ventos de Trento terá influenciado a própria assistência? Como se entenderia a transição da pobreza como dom de Deus para a riqueza como dom de Deus?
Estes são os pontos a tratar neste estudo, uma vez que ter-se-á de estreitar o tratamento do tema “assistência”, uma vez que este é um tema que compreende muitos mais pontos dos que

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