Assistindo ao vídeo da palestra da escritora nigeriana chimamanda adichie: “o perigo de uma única história”

Assistindo ao vídeo da palestra da escritora nigeriana Chimamanda Adichie: “O perigo de uma única história”, percebi o quanto o poder dos rótulos e preconceitos infiltram-se na formação das nossas ideias e opiniões. Por não conhecermos outras facetas da história de um povo ou até de uma determinada pessoa, a trajetória de uma vida se resume apenas nos conflitos visíveis. Essas histórias têm o poder de vida ou de morte, dependendo do ponto de vista que a analisamos. A história pode ser decodificada além dos estereótipos transmitidos pela visão de outros que são incompletos, através da descoberta de outras informações e do nosso olhar. Chimamanda nos evoca ao perigo da história única que aniquila a vida.
Assim, fazendo um paralelo entre o vídeo e a sustentabilidade cultural penso que a formação de uma sociedade sustentável inicia-se pela educação assistemática transmitida principalmente pela instituição familiar. Chimamanda Adichie foi uma leitora e escritora precoce e o que ela retratou aos sete anos de idade ao escrever e ilustrar seu livro foram personagens do mundo das histórias de americanos e britânicos, porque isso foi o que sua mãe transmitia nas histórias contadas a ela. Mais tarde a escritora nigeriana contou as suas próprias histórias com personagens reais e que faziam parte do seu cotidiano e do seu imaginário literário.
O papel da família é primordial na formação das nossas primeiras ideias e opiniões. O perigo de uma única história começa em casa, na família. Quando nascemos é o olhar da mãe o primeiro a nos construir; é no território familiar que iniciamos o embate com as histórias únicas. Depois vem a escola, a igreja, o estado e tantos outros para dar continuidade a esse processo. Para começar a falar da questão da sustentabilidade temos que fazer uma parceria com a família, isto é, temos que sensibilizar as famílias revelando a sua importância para a formação da consciência ambiental das futuras gerações. E essa consciência tem que partir do