As veias abertas da america lanita

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O livro de cabeceira de muito esquerdista latino-americano é o mais importante livro de Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina. Foi de profunda influência no “pensamento” da esquerda na região, com grandes efeitos em vários países. Qual não deve ter sido a surpresa de tantos seguidores, então, ao ver que o próprio autor não quer mais saber do que consta ali?

Na Bienal de Brasília, Galeano afirmou que aquela prosa é pesadíssima, e confessou que não voltaria a ler seu próprio livro. Ele brincou: “Eu não seria capaz de ler o livro de novo. Para mim, essa prosa da esquerda tradicional é pesadíssima. Meu físico não aguentaria. Eu cairia desmaiado”.

Para adicionar insulto à injúria, o autor admitiu que não sabia muito bem o que estava fazendo, pois era jovem e sem a devida formação. Galeano explicou que foi o resultado da tentativa de um jovem de 18 anos de escrever um livro sobre economia política sem conhecer devidamente o tema: “Eu não tinha a formação necessária. Não estou arrependido de tê-lo escrito, mas foi uma etapa que, para mim, está superada”.

Não está arrependido talvez porque o livro o deixou rico (ah, a doce hipocrisia dos socialistas milionários). Mas deveria ter um profundo sentimento de culpa pelo mal que causou. Claro, Galeano ainda é de esquerda, e ainda é utópico. Ele acha que houve boas experiências de esquerda, sem citá-las (adoraria saber quais são). Mas reconhece que mudou muito, que é outra pessoa, que a realidade é muito mais complexa, que a condição humana é mais diversa.

Quando pensamos que Hugo Chávez, ícone dessa mentalidade presente na

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